segunda-feira, 22 de junho de 2020

Aula não presencial - Semana 06
Aula 05- Religião

Prof. Vilson Francisco Selch. 

ATENÇÃO PARA AS ORIENTAÇÕES:
A) As atividades devem ser desenvolvidas no Caderno de Ensino Religioso;
B) As atividades serão avaliadas no retorno, mediante a apresentação do caderno;
C) Se liga nas orientações enviadas pela equipe diretiva de como utilizar a plataforma na próxima semana. 

1- ASSUNTO DA SEMANA:  “RACISMO REVERSO” - Desenvolvimento das atividades: 

a) Leia com muita atenção o texto em anexo: “Você sabe o que é racismo reverso?” 
b) Responda as questões que seguem, em seu caderno de Ensino Religioso:

1- Preencha o quadro descrevendo as características das respectivas formas de discriminação: 

RACISMO ESTRUTURAL RACISMO REVERSO 

Racismo Estrutural
Racismo Reverso







2-Explique por que o professor Silvano Feitoza diz que “racismo reverso não existe”; 
3-As pessoas brancas também são vítimas de discriminação? Como isso acontece? 

VOCÊ SABE O QUE É RACISMO REVERSO? 


Com certeza, você já ouviu falar no termo ‘racismo reverso’. Em linhas gerais, ele é definido como atos discriminatórios praticados por minorias sociais ou étnicas contra a maioria. Ou seja, um racismo às avessas. No entanto, engana-se quem acredita que o termo é algo novo. A expressão surgiu nos Estados Unidos durante o movimento dos direitos civis dos negros - luta da comunidade afro-americana por igualdade e garantias no país -, na década de 1960. À princípio, era mais corriqueiro o uso do termo ‘racismo ganha força na década de 1970, em resposta às políticas de ações afirmativas nascidas negro’, em referência a grupos como, por exemplo, os Panteras Negras, e ganha na época. A ideia de racismo reverso no Brasil cresce, à medida que as ações afirmativas, como as cotas sociais e raciais, avançam e se consolidam no país. Sem embasamento empírico, o termo é questionado dentro e fora do espaço acadêmico e dá margem para debate. Para o professor Salviano Feitoza, a ideia de racismo ‘ao inverso’ é errônea. “O racismo reverso não existe, porque o racismo se caracteriza por um conjunto de elementos apoiados em fatores sociais, políticos, econômicos, religiosos, determinados grupos étnicos. Se eu considero o racismo como parte da construção culturais e simbólicos que estabelecem situações de inferioridade a toda construída, apoiada e reproduzida em critérios que colocam em situação de de uma sociedade, então, o racismo é estrutural. Você tem uma estrutura que é exclusão, de negação de direitos tudo que não é branco”, explica. Ele ainda ressalta que pessoas brancas e pobres podem sim ser vítimas de discriminação, no entanto, “pela condição estética que apresentam, elas sofrerão bem menos esses elementos que atingem, diretamente, as pessoas negras”, acrescenta. Nessa discussão, é importante atentar para o conceito de racismo, que é um sistema de opressão, e apoiar-se em uma visão histórica e social que configuram a escravidão, violência, exclusão e negação de direitos que configuram a trajetória dos povos negros. Sendo esta marcada por mais de 300 anos de escravidão, violência, exclusão e negação de direitos.Mesmo com essas evidências, não é raro encontrar grupos ou pessoas que defendam e perpetuam a existência do racismo reverso. Muitos partem da premissa de que termos como ‘palmito’, entendida como ofensa a pessoas brancas, ou críticas aos privilégios usufruídos por esses é uma preconceito, logo, racismo contra quem tem pele clara. Para Salviano, esse fato tem relação ao que ele chama de “fragilidade branca”, ou seja, “a dificuldade dessas pessoas [brancas] de lidar com o estresse de seus privilégios serem colocados em xeque. Há combatê-los, pois, implica mexer naquilo que é confortável para essas pessoas dificuldade, especificamente no Brasil, de aceitar esses privilégios e de pele branca”, explica.

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